Esses dias eu li que o Caio Castro passou
um tempo viajando, estilo mochilão, e agora lançará um livro contando como foi.
Em uma das partes de seu livro ele conta que se apaixonou por uma estudante da
Califórnia.
Eles se conheceram numa festa, se não me
engano, ele descobriu onde ela morava, pegou o avião e foi atrás dela. Chegou
parecendo príncipe de história infantil, super nervoso, e dizendo "Ué, vim
te ver".
Foi lindo, passaram o dia juntos, ela o
convidou para ver o por do sol, foi incrível, eles andaram de skate, ele foi
empurrando ela no skate. Claro que eles ficaram, né?! Até que em um determinado
momento ele pensou “Ferrou. Tô
apaixonado. Vou me envolver sério aqui".
Bem, não é um conto de fadas, as viagens
precisavam continuar, depois de uns dias ele foi embora, conforme o tempo foi
passando e ele foi mudando de lugar e de celular, eles foram perdendo o contato.
Ele ficou sofrido, mas a vida continua. Ela ficou puta com ele por ele
ter sumido assim, mas a vida andou. Depois eles até se falaram novamente, ele explicou
o que aconteceu, mas ela estava com outro e parece que ia se casar.
Essa história me lembrou
"Macaé", da Clarice Falcão.
~~Eu queria tanto que você não fugisse de
mim, mas se fosse eu, eu fugia~~
O fato é que eu adoraria ser o que foge.
Queria estar no lugar do Caio, ir embora e é isso aí. Ser o que foge para Macaé
porque ela é doida e merece distância.
Mas, será mesmo que ela é doida e merece
distância? Até onde sei, essas são as melhores pessoas.
É, não sou a que foge. Sou a que fica. Eu
sempre fico. Nas duas situações, eu fico e pago para ver até onde vai chegar ou
fico e vejo a pessoa indo. No entanto, chega uma hora que isso cansa. É
doloroso ser sempre o motivo da fuga. Por medo, receio, susto, intensidade
demais, “legaldade” demais, seja lá a desculpa que usam para fugir, fogem. E eu
já fico esperando de onde virá a próxima fuga.
E então, como faz para fugir?
Um comentário:
Ficar também é uma forma de fugir.
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