quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Retrospectiva 2018

O ano começou pesaaado.

Entrei o ano sentindo uma dor na alma que não sentia a muito tempo.. dor no peito, estômago apertado, náuseas, vômito, falta de apetite, cabeça latejando, menos uns 3 quilos em poucos dias... porque comigo é sempre assim: sofrimento emocional reflete em dor física.
Eu me perdi e tive medo de não encontrar o caminho de volta.
Estava em um período de teste comigo mesma e por alguns momentos achei que fosse reprovar.
Teve um dia que doeu tannnto que achei que não ia chegar ao final do dia, e foi exatamente nesse dia que a única pessoa que tinha a real noção do que eu estava sentindo me entregou o documento mais sensível que eu poderia receber junto com o melhor abraço do ano (sim, foi o melhor abraço que eu recebi no ano inteiro), e foi o que deu início ao nascimento das minhas novas asas.
Eu postei o documento, a maioria das pessoas não entendeu o que ele estava dizendo, mas algumas pessoas inesperadas entenderam que era sério e que eu não estava bem. Eu percebi que eu não estava sozinha e que eu não precisava me colocar em situações desconfortáveis para ser aceita por um grupo.
Isso tudo aconteceu em janeiro, no final do mês eu tinha uma consulta decisiva e mais uma vez tive medo. Fiquei com medo de contar tudo o que eu tinha sentido e descobrir que estava irremediavelmente doida. Contei mesmo assim, e descobri que o medo é algo que eu terei que conviver pelo resto da vida, é aquele velho ditado “gato escaldado tem medo de água fria”, a questão é aprender a lidar com ele; descobri também que posso ser oficialmente considerada “normal” perante a sociedade, seja lá o que isso queira dizer; e por último, porém não menos importante, recebi alta depois de 5 anos de um penoso tratamento que valeu cada fio de cabelo que perdi, cada quilo que aumentei e cada comprimido que engoli.

Depois de um mês que valeu pelo ano inteiro, por causa de toda a intensidade dele, as coisas foram ficando leves. Eu desconstruí raízes e fortifiquei asas. Entendi que sozinha eu consigo sim fazer qualquer coisa. Tentei me distanciar de pessoas que eu percebi que não são amigos como eu imaginava. Primeiro eu fugi, depois aprendi que mais importante que a distância física é a emocional. Esse é um aprendizado diário, o equilíbrio emocional é construído a cada passo que damos.

Li o livro da minha vida até hoje “A coragem de ser imperfeito” - Sério, todo mundo deveria ler esse livro!

Encontrei e reencontrei tantas pessoas que fizeram a diferença na minha vida.

Fiz rapel, viajei, dirigi, tirei fotos incríveis. Não fui acampar com a galera, fui ao show do Charlie Brown Jr (mesmo não existindo mais Charlie Brown Jr), estudei assuntos aleatórios que me deixaram fascinada e querendo mais, assisti Divertidamente com um olhar completamente diferente do convencional, dancei muito fitdance, peguei sol, comprei biquínis novos. Recebi declarações inesperadas, tive uma paixonite por alguém e não fui correspondida, tive a oportunidade de ser eu mesma sem precisar usar nenhum filtro que suavisasse a minha ‘acidez’ (e foram dias sensacionais!). Planejei viagens que não fiz, passei raiva, fui chefe, tomei decisões, fui chamada de doida. Chorei pouco, fiz uma análise de estilo com o intuito de descobrir qual era o problema com as minhas roupas e fiz um ensaio fotográfico (quase) sem roupa para finalmente descobrir que o problema não eram as minhas roupas, o “problema” vinha do que eu estava pensando e sentindo e não do que eu estava vestindo.

Se 2017 foi o ano da mudança externa, 2018 foi o ano da revolução interna. Conheci uma mulher que eu não imaginava que existia, e por incrível que pareça, ela é muito legal! 😉


Por um ano com menos “E se..?!” e mais “Por que não?!”

O que não se pode explicar aos normais

Banda Catedral   Sobre o amor e o desamor, sobre a paixão Sobre ficar, sobre desejar, como saber te amar? Sobre querer, sobre entender, sem ...