Para não perder o costume, o ano
começou intenso.
Os primeiros três meses valeram por
um ano inteiro. Eu sofri, doeu; eu, que não corro, corri quase uma
maratona inteira em 4 dias, diminuí alguns quilos, machuquei o
joelho e num belo dia passou. Foi desse jeito mesmo, cheguei à
academia, cumprimentei as pessoas (sim, eu sou meio popular por lá),
corri, fiz musculação, e no fim do fitdance percebi que aquele peso
tinha ido embora, estava leve de novo e falei para mim mesma
"Passou!".
Essa foi a última crise que tive,
e, semelhante ao ano anterior, depois dela recebi mais uma alta
importante, entendi que a maneira como a gente sai de uma crise é
mais importante do que não entrar em crise, até porque todo mundo
um dia passará por uma crise. Finalmente aprendi que o mundo não
para para a gente se refazer, esse foi o diferencial: Eu não parei,
segui o cotidiano ao mesmo tempo em que me recompunha.
Lidei com o medo, trouxe do ano
passado essa bagagem que me acompanhará a vida toda. Talvez eu tenha
me protegido mais, me defendido mais, me poupado mais; sempre com o
pé atrás seja lá no que for que aconteça. Vivi menos por isso?
Não! Só me guardei para situações que valessem à pena.
Passado esse peso, continuemos o
relato.
Fui acampar com as melhores pessoas
que eu poderia ir. Acampamento Nutela, com direito a barracas iguais,
luz elétrica, fogão à lenha, banheiro com cerâmica, chuveiro
quente, muita comida e todo o amor do mundo.
Planejei a viagem da minha vida até
agora, nunca pensei que fosse dar tão certo. Fui ao Chile com
pessoas incríveis, conheci a neve novamente e foi perfeito! Eu
parecia criança encantada com tudo, nem o frio foi incômodo. Já
quero de novo: o Chile, a neve e as companhias.
Viajei a trabalho com a minha chefe,
descobri nela um coração enorme e ela ganhou uma fã.
Foi um ano financeiramente muito
bom, talvez o melhor até aqui. O trabalho foi mais pesado, como
diria o tio Ben "grandes poderes trazem grandes
responsabilidades". Essas responsabilidades me tiraram um pouco
do eixo, o estresse aumentou e o estômago reclamou. Tive que dar um
passo para trás.
Voltei a fazer terapia em outubro e
tive que aceitar que eu não estava sendo fraca por voltar, terapia é
qualidade de vida.
Pessoas especiais entraram na minha
vida, eu deixei, e foi bom, valeu a pena.
Sobre meus amigos? Foi um ano
diferente com a maioria deles, eu me joguei menos, analisei mais,
parei quando achei que não era seguro, enfim, fui prudente.
Tirei fotos, fui à praia, não fui
ao show da dupla Sandy e Jr., São Paulo (como eu gosto daquele
lugar), tive um pequeno desespero na 25 de março no primeiro sábado
de dezembro (não façam isso!), mas foi bom para testar o autocontrole. CCXP2019 foi inesperada e gratificante: gastei bastante,
andei muito e convivi com ótimas pessoas.
Esse ano foi o ano das pessoas, 2019
me mostrou que eu não preciso me jogar de olhos fechados em todas as
relações, mas que ainda assim posso conhecer e conviver com pessoas
maravilhosas.
2020, seja muito bem vindo!
Um comentário:
;)
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