Eu preciso falar das tão
esperadas “confras”. Esse ano eu consegui driblar todas elas.
Confraternização: Reunião
informal de pessoas. Se juntam para comemorar e felicitar umas às outras. Fazem
brincadeiras, trocam presentes, comem, bebem e dão muita risada - Assim diz o dicionário.
O significado parece bom para
você?!
Para mim parece ótimo! Por que,
então, eu fugi?
Porque virou hipocrisia. A
reunião informal virou tradição, independente do resto do ano.
E daí que você passou o ano
todo implicando com o coleguinha? E daí que você passou o ano todo sem falar
com aqueles amigos tão queridos? E daí que você não gosta do seu chefe? E daí
que aquele grupo do inglês não existe mais a mais e dois anos?
É fim de ano! Vamos
confraternizar!
Já dizia Renato Russo: “Vamos
festejar a inveja, a intolerância e a incompreensão”.
A “confra” acaba e o assunto
começa. Nossa, a fulana de vestidinho preto, o fulano que bebeu demais, a mocinha
que ninguém imaginava que rebolava tanto, o rapaz tímido que se transformou
durante a festa, e por aí vai, dia após dia, esperando ansiosos pela próxima “confra”.
Para que esperar até o final do
ano? Por que não convidar aqueles amigos queridos para um lanche? Para que
manter a guarda sempre alta para o colega do outro setor que até parece ser
gente boa? Por que não formar um novo grupo de estudos?
Não precisa ser forçado, não
precisa ser no fim do ano, não precisa ser uma vez só.
E então, vamos confraternizar?!
P.S.: Esse texto é mais para mim do que para qualquer outra pessoa. Desisti das "confras", agora resta confraternizar com os que são importantes de verdade.
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