O
ano começou pesaaado.
Entrei
o ano sentindo uma dor na alma que não sentia a muito tempo.. dor no
peito, estômago apertado, náuseas, vômito, falta de apetite,
cabeça latejando, menos uns 3 quilos em poucos dias... porque comigo
é sempre assim: sofrimento emocional reflete em dor física.
Eu
me perdi e tive medo de não encontrar o caminho de volta.
Estava
em um período de teste comigo mesma e por alguns momentos achei que
fosse reprovar.
Teve um dia que doeu tannnto que achei que não ia chegar ao final do dia, e foi exatamente nesse dia que a única pessoa que tinha a real noção do que eu estava sentindo me entregou o documento mais sensível que eu poderia receber junto com o melhor abraço do ano (sim, foi o melhor abraço que eu recebi no ano inteiro), e foi o que deu início ao nascimento das minhas novas asas.
Teve um dia que doeu tannnto que achei que não ia chegar ao final do dia, e foi exatamente nesse dia que a única pessoa que tinha a real noção do que eu estava sentindo me entregou o documento mais sensível que eu poderia receber junto com o melhor abraço do ano (sim, foi o melhor abraço que eu recebi no ano inteiro), e foi o que deu início ao nascimento das minhas novas asas.
Eu
postei o documento, a maioria das pessoas não entendeu o que ele
estava dizendo, mas algumas pessoas inesperadas entenderam que era
sério e que eu não estava bem. Eu percebi que eu não estava
sozinha e que eu não precisava me colocar em situações
desconfortáveis para ser aceita por um grupo.
Isso
tudo aconteceu em janeiro, no final do mês eu tinha uma consulta
decisiva e mais uma vez tive medo. Fiquei com medo de contar tudo o
que eu tinha sentido e descobrir que estava irremediavelmente doida.
Contei mesmo assim, e descobri que o medo é algo que eu terei que
conviver pelo resto da vida, é aquele velho ditado “gato escaldado
tem medo de água fria”, a questão é aprender a lidar com ele;
descobri também que posso ser oficialmente considerada “normal”
perante a sociedade, seja lá o que isso queira dizer; e por último,
porém não menos importante, recebi alta depois de 5 anos de um
penoso tratamento que valeu cada fio de cabelo que perdi, cada quilo
que aumentei e cada comprimido que engoli.
Depois
de um mês que valeu pelo ano inteiro, por causa de toda a
intensidade dele, as coisas foram ficando leves. Eu desconstruí
raízes e fortifiquei asas. Entendi que sozinha eu consigo sim fazer
qualquer coisa. Tentei me distanciar de pessoas que eu percebi que
não são amigos como eu imaginava. Primeiro eu fugi, depois aprendi
que mais importante que a distância física é a emocional. Esse é
um aprendizado diário, o equilíbrio emocional é construído a cada
passo que damos.
Li
o livro da minha vida até hoje “A coragem de ser imperfeito” -
Sério, todo mundo deveria ler esse livro!
Encontrei
e reencontrei tantas pessoas que fizeram a diferença na minha vida.
Fiz
rapel, viajei, dirigi, tirei fotos incríveis. Não fui acampar com a
galera, fui ao show do Charlie Brown Jr (mesmo não existindo mais
Charlie Brown Jr), estudei assuntos aleatórios que me deixaram
fascinada e querendo mais, assisti Divertidamente com um olhar
completamente diferente do convencional, dancei muito fitdance,
peguei sol, comprei biquínis novos. Recebi declarações
inesperadas, tive uma paixonite por alguém e não fui correspondida,
tive a oportunidade de ser eu mesma sem precisar usar nenhum filtro
que suavisasse a minha ‘acidez’ (e foram dias sensacionais!).
Planejei viagens que não fiz, passei raiva, fui chefe, tomei
decisões, fui chamada de doida. Chorei pouco, fiz uma análise de
estilo com o intuito de descobrir qual era o problema com as minhas
roupas e fiz um ensaio fotográfico (quase) sem roupa para finalmente
descobrir que o problema não eram as minhas roupas, o “problema”
vinha do que eu estava pensando e sentindo e não do que eu estava
vestindo.
Se
2017 foi o ano da mudança externa, 2018 foi o ano da revolução
interna. Conheci uma mulher que eu não imaginava que existia, e por
incrível que pareça, ela é muito legal! 😉
Por
um ano com menos “E se..?!” e mais “Por que não?!”